Rodrigo Vieira Marques
Rodrigo Vieira Marques (lattes)
Apresentação: É doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é Professor Associado da Faculdade de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). É membro co-fundador do Círculo Fenomenológico da Clínica e da Vida, projeto vinculado ao Núcleo de Pesquisas e Laboratório Prosopon (USP). Faz parte da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Goiânia (SBPG), instituição vinculada à Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI) e à International Psychoanalytical Association (IPA)
Temas de pesquisa: Psicanálise freudiana e pós-freudiana (Winnicott, Bion e Green), Fenomenologia e Psicologia, Psicanálise e Literatura.
Projeto de pesquisa: A experiência do Pathos entre Fenomenologia e Psicanálise: estudos sobre o sofrimento humano
Resumo:
Esta pesquisa objetiva estudar a experiência humana do sofrimento na fronteira entre Fenomenologia e Psicanálise, entre a descrição do fenômeno da dor psíquica e as suas possibilidades metapsicológicas. Os estudos seguirão um percurso epistemológico que entende ser o diálogo entre tais saberes um caminho privilegiado de elucidação e de escuta de nossas vivências, sendo o próprio objeto da pesquisa o que norteará a investigação. A escolha da noção de Pathos se deu em razão de suas potencialidades significativas que englobam o passional, o patológico e a passividade. No entrecruzamento dessas dimensões, optou-se pela noção de “sofrimento humano” como meio de problematização da ideia de “sofrimento psíquico”, visando a entender toda dor relativa à experiência emocional humana a partir do existente em sua totalidade psicossomática, histórica e social. Falar em sofrimento humano implica considerar também o modo como lidamos com situações limites, particularmente, aquelas de extrema angústia. Consequentemente, o diálogo proposto perpassa uma reflexão sobre as relações entre saúde, história e sociedade. No campo da Fenomenologia, juntamente com a filosofia de Merleau-Ponty, serão importantes os trabalhos de E. Minkowski acerca da Psicologia do Pathos, a saber, da investigação e compreensão das diferentes formas de um “ser de outro modo” em situação de sofrimento. Assim, propõe-se uma psicologia fenomenológica que não se interessaria pela doença, mas pelos sentidos que compõem uma determinada maneira diferente de habitar o mundo. Como complemento, espera-se visitar a filosofia de M. Henry em sua radicalidade de compreensão do sofrimento como autoafecção, ou seja, um sofrer de si. A hipótese é de que esses horizontes teóricos não se encontram distantes de vários aspectos da teoria psicanalítica, havendo caminhos de diálogo, especialmente, na reconsideração contemporânea das possibilidades da metapsicologia freudiana presente nos trabalhos de D. W. Winnicott, W. R. Bion e A. Green, enfatizando-se também a negatividade da dor como integrante da vida.
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